Hoje o Público refere que o comércio e a restauração são os setores mais afetados pela crise. Registaram-se apenas no primeiro trimestre do ano 723 encerramentos de lojas de retalho e 423 restaurantes. Estes são, no entanto, os setores com maior número de novas sociedades, no total 2109, representando um saldo largamente positivo.
De facto há muito que venho dizendo que o comércio tradicional não tem os dias contados, bem pelo contrário. O comércio de rua tem características únicas que lhe garantirão, se bem trabalhado, importantes vantagens competitivas face à concorrência das grandes superfícies ou das grandes marcas em regime de franchising.
A tradição, a proximidade, as relações afetivas que se criam entre o comerciante e o cliente, o ambiente familiar, o cuidado e atenção com que os produtos são selecionados, tratados, embalados, tudo são características que muito dificilmente se encontrarão numa grande superfície ou centro comercial.
Atualmente o acesso que qualquer pequeno comerciante tem a um conjunto de ferramentas baratas de comunicação permite-lhe concorrer e bater aos pontos os "golias" que no início dos anos 90 começaram a roubar-lhe a freguesia.
O pequeno comércio deve juntar-se, perceber o que pode fazer para eliminar as desvantagens e deve capitalizar todas as vantagens que tem.
Porque não, por exemplo, juntar um conjunto de pequenos retalhistas de áreas complementares - frutaria, talho, peixaria, mercearia - e construir uma solução de comércio online local, com entregas à porta, à hora que o cliente desejar?
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