De acordo com um estudo do Euro Barómetro (ver notícia do Público Online) 35% dos portugueses dizem não se interessar de todo por descobertas científicas e progresso tecnológico.
Sendo este o 4.º valor mais elevado entre os 27 países da União Europeia. Os portugueses ficam atrás apenas da Bulgária, Roménia e Lituânia.
Pois é meus senhores, se enquanto sociedades que se desenvolveram, economias que cresceram tornando-se o destino de tantos emigrantes portugueses, dão importância ao ensino da ciência, ao seu conhecimento, a sociedade portuguesa ainda fechada, parca de espírito crítico, olha para a ciência como uma religião de totós, que usam óculos graduados, calçam uma meia de cada cor e andam com o cabelo em pé.
Se pelos inícios do Séc. XX em Portugal, tal como nesses países onde procuramos asilo económico, se discutisse ciência nos cabeleireiros, nas barbearias e nos cafés, Portugal era hoje muito provavelmente um país na linha da frente do conhecimento e desenvolvimento científico.
Tanto quanto sei, temos 3 jornais desportivos diários. Se houvesse um jornal científico diário, de distribuição gratuita seria bem provável que nomes como João Maguejo, Elvira Fortunato, Carlos Fiolhais ou Nuno Crato fossem tão conhecidos como são os jogadores da selecção nacional.
E com esse jornal, nem imaginam a quantidade de golos que marcaríamos!
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